Sem mim não há Borboleta, sou a Lagarta.

UM ESPAÇO PARA DEIXAR-SE IR, SEM VOLTAR. A TUA BAGAGEM É O TEU CORAÇÃO.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cartas Faladas 2

Oi, companheira de madrugada... Pois é, olhos viscerais, cansados, no entanto insistem em me conduzir palavras adentro... O fato é: Não sei o que fazer! Estou desesperada por estar calma, meu corpo reage timidamente a todas as mudanças que o universo exige e meus pensamentos perplexos se afugentam quando me olho no espelho. O fato é: mulher-espelho, eis teu papel em minha peça! Nem comigo passo a suportar as ousadas empreitadas em que me enfio, roubando corações ou destinos impróprios, Nem sei por qual tamanho percorrerei quedas, ou se relampejo inultimente em dias de verão, (afinal, noites quentes são realmente desnudas!). Sou toda vácuo nas incertezas das horas seguintes quanto cheia, na imensidão do céu nublado que por detrás a lua plena se esconde...
Amiga,
falaria pouco se meus pensamentos deixassem, mas meu horóscopo acerta: Mercúrio realmente se comunica incessantemente com meu Sol. Vamos escrever um livro? Um livro que jamais fosse publicado com obras plagiadas de todos aqueles que amamos: Marta Vargas, Eliane Farias... rsrs
Eu acho que Almodovar se encantaria com nosotras ou morreria de tédio.
Acho que mais dificil do que pertencer a um ou outro é pertencer a si mesma e suas próprias escolhas. Porque no fundo temos a escolha... Porque, no fundo, sempre a tivemos e dói saber disso.