Sem mim não há Borboleta, sou a Lagarta.

UM ESPAÇO PARA DEIXAR-SE IR, SEM VOLTAR. A TUA BAGAGEM É O TEU CORAÇÃO.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

melamado

Vai, atinges cores sutis
Acerca-te de almas faltantes
Que eu monça-veilha, me derreto
Não é o mar que me encontra, posto que derreto em grãos e sou feita de sal
Eu é que na verdeidade, o encontro, secretamente
No espelho da noite, quando deitares
Ansiócio por mais despejos e tamanha explodiação
a água que sereina teus penslamentos
vai me recorrer em hora-ação
te escuto tão bem e nada me falas
que ainda atestando minha loucura é que
me guias ao caminho do encontro de fados
te desconheço e já tudo me/te dei
mentendendo, mentregando, mescutando
melameando, entre meandros, TU, um malandro...
tens fé na sorte e eu em deus(e)s
melamor, melamado,
melindros à meia-noite
mas são meio-dia!
olhai o céu, que azul que está
Tu não me vês
tal qual estrelas só se vêem à noite
Descalibido melnino
Caosoube perfeitamente em meu coração
gigantes como teus pésamentos de poetator
Te povôo, sem prévisão

 Dika Bear

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Enfarto verborrágico

Minha magnitude se amplia à medida que crescem meus cabelos
Força virginiana, mulher terrena, feito óleo de prata
Se esvaindo da terra, tal o leite que jorra e em forma feminina se congela
O nome do amor surgiu do céu de estrelas numa noite sem lua
Ele era santo e culto
Como o primeiro, possuía ingênuo coração dilacerado por mulheres desvaginadas
Como o segundo, lia muito sobre o mundo e mudava muito tudo o que lia
Ofegante escrevia por minhas mãos aquilo que não sabia dizer
Eu te capito, mi amore
Capito tua insensatez e tua sobrevivência
Cá estou eu, também, tentando libertar-me do anzol
Feito uma peixa, me debatendo, me surrando, minha boca sangra a cada palavra pronunciada e Que não me pertence
Eu quero ir pro carnaval de Recife e dançar frevo feito uma insana
Depois pisar águas mansas e dizer que meu nome é Brasil
Mas meu patriotismo se perdeu nas mãos do mar
Minha visão foi embora há muito tempo e meu corpo navega impaciente
O que me prende neste sal é a possibilidade de te conhecer
Mas é grande o mar, o mar de prata tempestivo nos arrasta rumo a nós mesmos
Estaremos perto de uma mesma ilha deserta?
Ou serei eu tua ilha, ilha que sou, BrasILHA, seca, sedenta, venha me regar nas águas de março...
Desertora do que me tornou sã, mãe ou vilã
Em tantos corações que despedaço sem dó
Meu mel é mais vital porque se aloja no céu de minha boca
Eu atraio, traio, trabalho contra a maré
Todos os dias, sereia doce, santa fé
Me prorrogo por mais instantes, adiando ou antecipando tua vinda
Dormindo, dormindo estás, se existir tamanha loucura em me escutar
Te sugo o sangue inteiro para dentro do meu peito
Não te preocupes que sou doadora do mesmo jeito 
E serás farto em água e vermelho
Quando eu me entregar, que suportes um vulcão ou furacão
Recorrente, inconstante, mas constante no amor...
É preciso ter pau e fome
Mas tua alma feminina é  que dará nome
Ao encontro sincrônico libertador!
Eis-me tua e desconhecida...