Sem mim não há Borboleta, sou a Lagarta.

UM ESPAÇO PARA DEIXAR-SE IR, SEM VOLTAR. A TUA BAGAGEM É O TEU CORAÇÃO.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sim...ou Não?

"Dizer Não é dizer Sim
Saber o que é bom para mim
Não é só dar um palpite
É mostrar o meu limite" (Kid Abelha)






Vou de preto ou vermelho?
Gosto mais de framboesa ou morango?
Sou mais amiga de fulana ou ciclana?
Amo mais meu pai ou minha mãe?
Prefiro montanha ou praia?
Salsa ou zouk?
Eis que, indecisa e confusa, Deus(a) me responde:

EU TE LIBERTO, Ó ALMA INTRANQUILA DE TODAS AS SUAS COBRANÇAS DE CUNHO TERRENO, E TE CONSAGRO AQUELA QUE EM OUTROS TEMPOS SERIA VISTA COMO A QUE SERVE POR COM-PAIXÃO, AQUELA QUE AMA TODOS OS SERES, AQUELA CUJA RESPOSTA DAS ESCOLHAS ESTÁ EM NÃO QUESTIONAR, EM SIMPLESMENTE DEIXAR-SE SER COMO NUMA DANÇA ENTRE OPOSTOS E COMPLEMENTARES...

Gosto de pensar no amor como partes de uma casa. Não se constrói somente a cozinha, ou a sala. Precisamos dos dois. Se me perguntas: preferes orixás ou Jesus? ora são dois diferentes mas que cabem igualmente em mim! Um também complementa o outro. Se Jesus é aquele que atua no meu coração, deixarei que os orixás cuidem do meu corpo e anseios... Tal qual o compartimento do lar: na cozinha, os alimentos; na sala, as visitas.
Todos os dias eu levanto tentando ser algo que não me cabe. Fazer o que se espera que se faça. Mas, se piro o cabeção e começo a andar nua quando quero, ou a falar tudo o que penso, ou mesmo beijar quem eu realmente quero: nossa, quantos corações decepcionados, quantas prisões, quantos incômodos, hã? Por isso, encaro que sou fera solta aprendendo a lamber quando quero rosnar, aprendendo a controlar minha juba, deixá-la penteada e alinhada em frente às câmeras, PORQUE DISSERAM QUE ASSIM SERIA. No entanto, há limites. LIMITES que ouso agora percorrer. NÃO, NÃO NÃO. Amamos dizer isto quando tomamos consciência de que somos únicos, mais ou menos aos dois anos de idade. "Quer suco?" NÃO! "Vamos botar a roupinha?" NÃO! "Quer brincar de macacos?" NÃO! "Me dá um beijo?" NÃO! Simples assim, essas criONÇAS, nós outrora, não tem medo de expressar os nãos porque elas sabem que são amadas. Então, a atenção de quem eu quero chamar quando digo tantos SIMs para aquilo que não corresponde ao que eu sinto? Como é e quem está por trás de mim mesma? Em outras palavras: qual a minha natureza? O que pede minha intuição, meus instintos, meu Eu Superior, ou melhor o que ele NÃO me pede? Tenho como me recorrer em momentos de pressão e optar POR NÃO agir de forma que eu mesma me traia?

Eu vou de preto quando quero parecer mais magra
Ou de vermelho quando quero reforçar a minha Lilith!
Gosto mais de morango do que de framboesa, porém
às vezes morango enjoa e aí prefiro framboesa!
Sou amiga de fulana pra tais coisas e amiga de ciclana
pra outras coisas completamente diferentes e as amo!
Prefiro montanha no frio e praia no calor!
Gosto mais de salsa, com certeza, mas talvez isso se dê
porque eu AINDA não sei dançar zouk!!!

Em outras palavras: NENHUMA ou MILEUMA.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Salva-Vidas

Sabe o que eu queria agora...?
Não sofrer tão alegremente desta insanidade que é SENTIR
Sinto, tão só e profundamente tudo ao redor
Que sou capaz de conversar mesmo, ainda que sem voz, com as nuvens que se desfazem no céu
Sinto essa dor contente do SERVIR
Sim, me sirvo e sirvo à VIDA, tal qual ela é: CHEIA DE MORTES.
Morte de alguém querido, de um nunca mais nunca compreendido, de um pra sempre jamais esquecido, de Um agora eternamente saudade...
Morte de alguém que se foi fisicamente mas continua incessantemente vivo
Morte de alguém ao lado, que vive como um fantasma, não mais do mesmo tamanho em nossos corações
O cadáver que cheira mal deixa a lembraça inocente da pré-partida
Geralmente MORRE MATANDO-NOS em algo
Por isso, a dor é contente e egoísta
Porque ela nos alimenta seja no vício gostoso de re-lembrar (ou como já dizia um poeta: re-viver )
Seja no sensorial ainda presente que nem se percebe: pele, corpo, gozo, rumores, risos, olhar que nos habita
Eu sinto muito! Muito mesmo! Trocaria de lugar contigo, facilmente, pois sei que é também amarga a falta da minha doçura...
Não há escapatória
Nem respiração boca-a-boca na areia que conceda para além de alguns minutos
O salva-vidas na beira da praia
Que nos retira do mar envolto em algas
O homem musculoso e acolhedor
O que se joga e SERVE
Amando a nado, nadando para se dar
Quer ele mesmo nos salvar?
Sim, acredito.
A que se afoga, eu, no caso, não SERVE aí, se não, de motivo
Concreto para aquele que ficava a ver navios no horizonte
Para que o salvador se jogue e se arrisque,
Ainda que lhe custe alto e tempo
Quem salva quer ser salvo!
E caída, é que instigo vôos...

domingo, 9 de janeiro de 2011

Povoados Sem Ponteiros

Eu sei...
Eu sei...
Queria desdizer tudo de novo
Ter a impossibilidade de tornar-te possível
Ponteiro voador
Eu te vi primeiro sem te ver
Teve tempo para um olhar
Mas fugi para dentro da chuva
Um Sol apontou quando TViu logo
Depois, que sortuda esta morte do fluxo de te conhecer
Porque não páro a escrita, que ainda nem nascida é
Mesmo me distanciando para ver melhor
É que me aproximo do mais irreal existente
Sei que me danças, cambaleando
Entre pregundos marcapassados
Num instantâneo continuado...
Melambe mambembe

http://www.youtube.com/watch?v=sQIowXjGGMI