Sem mim não há Borboleta, sou a Lagarta.

UM ESPAÇO PARA DEIXAR-SE IR, SEM VOLTAR. A TUA BAGAGEM É O TEU CORAÇÃO.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Estas mulheres

Poemas de amor tão escassos
Eles não sabem mais sentir?
Cadê o prumo dos homens de aço?
Se acabaram sem se despedir

Tenho visto porque a mim se me chegam, Elas
Morenas, brancas, negras, brilhantes
Olhos de gata, corpo de girafa, moçoilas, cérebro de mulher
Isso, metade lá e cá
A que trabalha, tolera e rearruma a vida de si e dos outros
A que tem filhos, porque um não basta, contam na lista os sobrinhos, amigos, irmãos e amados



Ai, amor, ai, amor amado
Sai de mim abençoando
Entra em ti abençoado
Se nada ou nenhum esforço valer
Terei ao menos uma alma oca ajudado
Tantos pedidos, e nos pedem as mãos

o Que fazem quando damos também pernas, pés, pescoço e braços?

Mornas... que nada! Quentes ou frias... mas a escolha pode nascer do erro. Quem ama escondido, no proibido, não serão esses os verdadeiros amores? Aqueles dos quais a sociedade não fala porque não o Vive? podem ser... cá estão, comigo, por meio destas mulheres...

pintadas, com toda certeza, nos quadros de Goya, ou Velazques!

Anunciadas entre a tristeza e o fogo da inteireza,
Eu as admiro. Também as sou.