Sem mim não há Borboleta, sou a Lagarta.

UM ESPAÇO PARA DEIXAR-SE IR, SEM VOLTAR. A TUA BAGAGEM É O TEU CORAÇÃO.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

tecer, tecer, teSER


Sento-me aos pés dela


Enrugados em meio veias que se trançam no tempo

Ao nosso lado, uma clareira pouco luminosa

E mantendo-se no centro

Seus dedos disciplinados tecem, tecem, tecem...

O manto quadriculado que escorrega pela cadeira de balanço

Feito um relógio, a cadeira para lá e para cá

Ao seu lado permaneço quieta e observo

Sinto o cheiro de gravetos, de madeira selvagem e de dama da noite que se insiste lá fora

Sob o luar

Em sua fronte descanso

Instintos imberbes que outrora tivera

As horas prolongadas pelo silêncio rasgam o alvorecer

Adormeço e Amanheço

Minha vida em seu tecer